terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Halliburton destruiu evidências sobre vazamento de óleo, acusa BP

O gigante britânico do setor energético BP (British Petroleum) acusou a petroleira americana Halliburton de destruir intencionalmente evidências para dissimular seu papel no desastroso derramamento de petróleo que ocorreu em 2010 no golfo do México, informou a rede de televisão CNN nesta terça-feira. Segundo documentos do arquivo do Tribunal Federal de Nova Orleans, a BP disse que a Halliburton destruiu evidências sobre testes de liquefação de cimento e negou-se a entregar resultados de desenhos por computador que teriam "desaparecido inexplicavelmente", segundo a CNN. "A negativa da Halliburton foi implacável, apesar das constantes solicitações da BP e de uma ordem específica deste Tribunal", dizem os documentos, citados pela CNN. "A BP conhece agora a razão que explica a intransigência da Halliburton", continua o texto. "A Halliburton destruiu os resultados de testes de liquefação, e no melhor dos casos perdeu os desenhos de produção por computador que não mostravam a existência de canalizações", acrescenta: "Mais grave ainda, a Halliburton destruiu intencionalmente evidências relacionadas com seu teste de cimento não discriminatório, em parte porque queria eliminar qualquer risco de que esta evidência fosse usada contra si própria em um julgamento". A CNN citou um porta-voz da Halliburton, que disse que a companhia estava considerando as solicitações da BP, mas que acreditava que as acusações não tinham credibilidade. No dia 20 de abril de 2010, uma explosão na plataforma Deepwater Horizon deixou 11 operários da BP mortos e levou a um afundamento da estrutura, provocando o derramamento de petróleo no golfo do México por 87 dias, na pior catástrofe ambiental da história dos Estados Unidos. A BP, que alugava os serviços da petroleira e era a responsável direta das operações, gastou US$ 40,7 bilhões em multas, compensações e reparação da costa, e pode gastar ainda mais.

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