quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Irã rejeita advertências dos Estados Unidos sobre fechamento do estreito de Ormuz

O general Hossein Salami, da Guarda Revolucionária iraniana, rejeitou nesta quinta-feira as advertências dos Estados Unidos no caso de Teerã resolver fechar o estreito de Ormuz. "Não duvidamos de que seremos capazes de aplicar estratégias defensivas para proteger nossos interesses vitais", advertiu o militar. Na véspera, os Estados Unidos advertiram o Irã contra uma tentativa de interferir na navegação do estreito de Ormuz. "O bloqueio do trânsito de navios não vai ser tolerado", afirmou o secretário da assessoria do Pentágono, George Little, acrescentando que não registrou por ora indícios de hostilidades por parte do Irã na zona. O Irã declarou que acha desnecessário fechar o estreito de Ormuz, embora considere muito fácil bloquear esta via pela qual circula 40% do tráfego marítimo do petróleo mundial, segundo afirmou o comandante da marinha iraniana, o almirante Habibolah Sayyari, na quarta-feira. "Fechar o estreito é muito fácil para as forças armadas iranianas. É como beber um copo de água, como se diz em persa", declarou o comandante da marinha. "Atualmente não precisamos fechar o estreito porque controlamos o mar do Omã e podemos controlar o tráfego marítimo e petrolífero", declarou. O Irã começou no dia 24 de dezembro, dez dias de manobras navais a leste do estreito de Ormuz, que liga o mar de Omã ao golfo de Aden. Segundo autoridades militares iranianas, um de seus aviões identificou um porta-aviões americano na área de manobras navais organizada pela Marinha do Irã na região. "Um avião de vigilância iraniano identificou um porta-aviões americano na zona de manobras em que estão mobilizados navios iranianos, fez fotos e filmou", declarou o almirante Mahmud Musavi. "Isto demonstra que a Marinha iraniana observa e vigia todos os movimentos das forças na região", completou. A Quinta Frota americana tem como porto base o Bahrein, o que permite a Washington ter uma importante presença naval no golfo Pérsico e em Omã.
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