quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Israel rejeita proposta para negociar sem interromper colonização

Israel rejeitou proposta para reativar as negociações de paz com os palestinos sem cessar a construção nos assentamentos judaicos e, em troca, libertar cem presos que cumprem penas em suas prisões há décadas. A proposta, revelada nesta quinta-feira pelos jornais "Yedioth Ahronoth" e "Haaretz", é fruto dos esforços do Quarteto de Madri para conseguir que os dois lados retornem à mesa das negociações após 15 meses. Segundo o "Yedioth", a OLP (Organização para a Libertação da Palestina) aceitou há duas semanas um pedido do Quarteto para deixar de condicionar a negociação ao fim da colonização na Cisjordânia, mas como gesto de boa vontade de Israel exigiu a libertação de cem palestinos que cumprem pena desde antes dos Acordos de Oslo de 1993. Trata-se de palestinos condenados a longas penas de prisão por participação em atentados e que ficaram de fora dos indultos que seguiram aos acordos. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, rejeitou a proposta e insistiu em que as conversas de paz devem recomeçar incondicionalmente. As negociações entre israelenses e palestinos estão interrompidas desde setembro de 2010, quando três semanas após a retomada Israel não renovou uma moratória de dez meses que havia declarado na construção na Cisjordânia. Desde então, a OLP condiciona qualquer encontro com a contraparte israelense à suspensão absoluta de sua política de colonização na Cisjordânia e Jerusalém Oriental. O "Haaretz" acrescentou que a disposição palestina em negociar nesses novos termos seguiu a fortes pressões por parte dos membros do Quarteto (Estados Unidos, União Européia, Rússia e a ONU), que querem que antes de 26 de janeiro o diálogo seja retomado.

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