domingo, 25 de dezembro de 2011

Juízes oficalizam pedido de investigação sobre corregedora do CNJ

Três das principais associações de juízes entraram na sexta-feira com um pedido para que a Procuradoria-Geral da República investigue possível crime de quebra de sigilo de dados cometido pela corregedora do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon. Uma varredura determinada pelo Conselho Nacional de Justiça na movimentação financeira de servidores e magistrados do Judiciário está na origem da guerra deflagrada no mundo jurídico. Na última segunda-feira, o ministro Ricardo Lewandowski, em decisão liminar, suspendeu as investigações feitas pelo conselho. Segundo as entidades, a quebra do sigilo de dados, sem ordem judicial, atingiu 231 mil pessoas, entre juízes, servidores e parentes destes. O pedido foi feito pela Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) e pela Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados Trabalhistas). As associações dizem ainda que pedirão ao presidente do Conselho Nacional de Justiça, ministro Cezar Peluso, que instaure uma correição imediata na corregedoria do CNJ. A corregedora do CNJ, ministra Eliana Calmon, disse que as entidades são corporativistas e acusou as associações de divulgar informações "desencontradas e absurdas" de que ela estaria investigando mais de 200 mil pessoas, com a intenção de fazer um "verdadeiro linchamento moral".

Nenhum comentário: