quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

OEA entregará fotos de vítimas do "vôo da morte" para Argentina

O Centro Interamericano de Direitos Humanos (CIDH), ligado à OEA (Organização dos Estados Americanos) entregará às autoridades de Buenos Aires um total de 130 fotos, muitas delas inéditas, de vítimas do "vôo da morte". A prática de extermínio usada durante o regime militar (1976-1983) consistia em jogar os prisioneiros vivos no Rio da Prata depois de serem dopados em um centro de detenção clandestino. Parte das fotos mostra prisioneiros com as mãos e os pés amarrados e ferimentos no corpo por causa da tortura. De acordo com a imprensa, o CIDH conservou por 32 anos as imagens e as recolheu durante a realização de um dossiê intitulado "observation in loco". O anúncio do CDIH chega um dia após restos mortais de ao menos 15 pessoas terem sido encontrados em um prédio do Exército onde funcionou o maior centro clandestino de presos da ditadura, na província argentina de Tucumán. A descoberta, tornada pública pelo Centro de Informação Judicial, ocorreu em meio às escavações realizadas pela Equipe Argentina de Antropologia Forense no antigo Arsenal Miguel de Azcuénaga, na cidade de Tucumán.

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