quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Oposição quer explicações por escrito do petista Fernando Pimentel

Sem conseguir levar ao Congresso o ministro petista Fernando Pimentel (Desenvolvimento e Indústria), a oposição mudou de estratégia e agora quer explicações dele por escrito. O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), apresentou ao comando da Casa um requerimento solicitando que o ministro responda a 12 questões sobre as suspeitas de possível tráfico de influência relacionado às atividades de sua empresa de consultoria. O documento não precisa ser votado pelo plenário do Senado, apenas ser analisado pela Mesa Diretora da Casa. Nas últimas semanas, orientados pelo Palácio do Planalto, deputados e senadores governistas blindaram Fernando Pimentel e derrubaram três convites para que ele falasse sobre as denúncias no Congresso. A presidente Dilma Rousseff também saiu em defesa de seu ministro e disse que ele não tinha que falar sobre questões privadas. Entre 2009 e 2010, a P-21 Consultoria e Projetos, empresa da qual o ministro foi sócio, recebeu R$ 2 milhões. Para Dias, há fortes indícios de conflito de interesses. Ele questiona os serviços e pede que sejam apresentadas notas e documentos. "Em princípio, foram quatro os casos citados: R$ 1 milhão da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), R$ 514 mil da construtora Convap, R$ 400 mil da QA Consulting e R$ 130 mil da ETA Bebida do Nordeste. Para algumas existem recibos, mas não existem os contratos. Para outras, não foram apresentados os recibos de pagamento. Não há, também, clareza com relação a que tipo de serviços foram prestados".

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