terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Premiê chinês promete fim do confisco barato de terras agrícolas

A China deve dar a suas centenas de milhões de moradores rurais uma parte maior de lucros obtidos com o confisco de terras agrícolas em nome do crescimento econômico, disse o primeiro-ministro Wen Jiabao nesta terça-feira, uma semana depois de um impasse que gerou uma tensão generalizada sobre a questão das terras. Wen, que se lançou como o defensor dos agricultores, também advertiu autoridades do governo a não obrigarem os aldeões a abrir mão de seus direitos sobre a terra mesmo que eles estejam se juntando à onda crescente de migrantes para as cidades em busca de trabalho. O discurso do premiê chinês em uma conferência anual de política rural destacou os problemas de terras para o Partido Comunista, que luta para equilibrar a pressão da urbanização e da industrialização contra os temores sobre a desigualdade rural e a agitação popular. Wen disse que, depois de décadas de rápido crescimento garantido por terras aráveis confiscadas com uma indenização baixa, era hora de a China favorecer os agricultores. Wen Jiabao tem pouco mais de um ano antes de se aposentar do cargo. Ele prometeu pressionar por novas regras no próximo ano para combater os abusos e desigualdades nas requisições de terras. Nos últimos dez dias até a última quarta-feira, moradores de Wukan, na província de Guangdong, no sul do país, expulsaram autoridades e protestaram contra o confisco de terras aráveis e contra a morte de um organizador dos protestos. O fato chamou a atenção para os problemas do campo ma China por conta dos confiscos de terras e indenizações. Os protestos terminaram depois que as autoridades fizeram concessões sobre as terras e sobre a morte do líder do vilarejo, Xue Jinbo, cuja família suspeita que tenha sido provocada por espancamento durante sua custódia.

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