terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Réu Lair Ferst confirma versão do MPF de que teria havido desvio do Detran

O empresário Lair Ferst, um dos 32 réus da Operação Rodin, que fez delação premiada, falou nesta terça-feira durante seis horas à Justiça Federal de Santa Maria e fez várias acusações. Originário do PP, onde foi destacado assessor do falecido deputado federal Nelson Marchezan, em seu interrogatório, ele afirmou que teria havido a contratação de empresas terceirizadas só para facilitar o desvio de dinheiro do Detran gaúcho, por meio do superfaturamento desses contratos. Essas terceirizadas prestavam serviços à Fatec, fundação de Santa Maria que fazia os exames de carteira de motorista no Estado para o Detran. A suspeita é que tenham sido desviados R$ 44 milhões do órgão estadual, segundo a denúncia do Ministério Público Federal. Em seu depoimento, o "delator premiado" Lair Ferst confirmou a tese do Ministério Público de que teria havido desvio de dinheiro do Detran. Ele disse ainda que teria ocorrido o pagamento de propina para diversas pessoas e partidos. "Em uma conversa com Flávio Vaz Netto (ex-presidente do Detran, procurador do Estado do Rio Grande do Sul, outra cria do PP gaúcho, que também responde criminalmente nesta mesma ação), ele me disse que o pessoal (os envolvidos no suposto esquema) é muito ganancioso. Vaz Netto disse também que nem ele estava tendo espaço para ganhar "um" (dinheiro), e a governadora (Yeda Crusius) também não estava tendo espaço para receber o dela", disse Lair Ferst. Em seus depoimentos, os demais réus já haviam negado todas as acusações e se declarado inocentes. Apenas o "delator premiado" Lair Ferst confirmou agora as denúncias.

Nenhum comentário: