quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Riscos de inflação ficaram para trás, diz economista da FGV

Os riscos de inflação, que trouxeram tanta apreensão no início do ano, ficaram para trás, segundo o coordenador de análises econômicas da FGV (Fundação Getulio Vargas), Salomão Quadros. Na leitura do economista o cenário de influência da recessão internacional no Brasil apresenta perspectivas de estabilização ou até mesmo desaceleração dos preços. A avaliação foi feita na divulgação do IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) de novembro nesta quarta-feira. O indicador apresentou alta de 0,43%, pouco acima da variação apresentada no mês anterior, de 0,40%. A taxa em 12 meses, que apresentou desaceleração em todos os meses do ano até agora, somou 5,56% em novembro, exatamente a metade da taxa em 12 meses apresentada em dezembro do ano passado. No próximo mês, Quadros acredita que essa taxa deve se manter por volta de 5,5%. De acordo com o economista, em 2010 o mundo ainda estava se recuperando da crise econômica internacional. A alta demanda por commodities estava pressionando a inflação no país."O IGP-DI é muito sensível a alterações bruscas do cenário econômico", avaliou Quadros. As commodities influenciaram imediatamente os preços no varejo e neste cenário, aponta o economista, o IGP-DI do próximo mês deve apresentar uma taxa parecida com a de dezembro do ano passado, de 0,38%. "O cenário internacional não traz risco inflacionário, se algo deve acontecer é desaceleração", frisou. Este ano, a partir de abril, os preços das commodities começaram a cair. A crise econômica nos países da Europa e também nos Estados Unidos mostrou um futuro bastante incerto.

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