segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Safra agrícola gaúcha já tem pesadas perdas irreversíveis por causa da seca

Embora a agropecuária corresponda a menos de 10% da composição do chamado PIB do Rio Grande do Sul, o chamado complexo agrobusiness (produção, comercialização e industrialização) soma 45% do bolo da economia do Estado. E o que acontece no campo gaúcho, causa impacto grande em toda a economia estadual. O ano de 2012 será ruim para a economia do Rio Grande do Sul, inevitavelmente. Há falta de chuvas e só a cultura do arroz é irrigada no Estado. Porém, mesmo sendo irrigada, está faltando água. O diretor da empresa Brasoja, Antonio Sartori, viajou cerca de mil quilômetros pelo Interior do Estado nos últimos dias apenas para visitar as lavouras e conversar com dirigentes de cooperativas e empresas da área do agrobusiness. E ele resumiu da seguinte forma o que viu: "A última safra somou o recorde 29,5 milhões de toneladas. Mas, esta que se aproxima já registra uma quebra de 5,1 milhões de toneladas em relação a anterior. Isto é irreversível. Já está perdido. A coisa só não ficará pior se chover. Mas não vai chover". Em Tupanciretã, constatou Antonio Sartori, não chove há 20 dias, e o município é o maior produtor de soja do Rio Grande do Sul. O 8º Distrito de Meteorologia divulgou nesta segunda-feira suas projeções para janeiro, fevereiro e março, e elas são pessimistas. Pelas suas previsões, choverá abaixo do mínimo necessário para que se complete o processo de polinização e crescimento das plantas.

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