domingo, 11 de dezembro de 2011

Suzano considera adiar fábrica de R$ 2,3 bilhões no Maranhão

O presidente da Suzano Papel e Celulose, Antonio Maciel Neto, afirmou na sexta-feira que estuda a possibilidade de postergar investimentos para adequar o nível de alavancagem da companhia. Entre os projetos que podem ser adiados inclui-se a fábrica de celulose que está sendo erguida no Maranhão, que demandará investimentos da ordem de US$ 2,3 bilhões. Pelo cronograma atual, a unidade começaria a operar no fim de 2013. Por enquanto, a Suzano possui uma situação confortável de caixa que, em setembro, estava em R$ 3 bilhões, frente a dívidas de curto prazo de R$ 1,5 bilhão. O que preocupa, no entanto, é que a empresa tem uma necessidade de capital de giro e um plano de investimentos elevado para os próximos anos. "Em 2012 e 2013, precisamos contrair dívidas para a fase de compra de equipamentos da unidade no Maranhão, o que pode pressionar a alavancagem", afirmou Maciel, em reunião promovida pela Apimec (Associação de Analistas e Profissionais do Mercado de Capitais). De acordo com ele, o plano inicial é a busca de um parceiro estratégico para o projeto e a venda de ativos ociosos. Entre esses ativos está a participação de 17% na usina de Capim Branco, controlada por Vale, Cemig e Votorantim, que estaria em "fase avançada", ainda que o diretor financeiro e de relações com investidores, Alberto Monteiro Netto, reconheça que o negócio não deve sair neste ano. Diante do ceticismo dos analistas em relação à estratégia de venda de ativos, o presidente da Suzano admitiu estar "estudando seriamente" postergar o projeto no Maranhão. Os investimentos na subsidiária Suzano Energia Renovável, que pretende construir duas fábricas para produzir e comercializar pellets de madeira para a produção de energia, também podem ser adiados. Maciel admitiu ainda que a companhia estuda, em última hipótese, realizar uma oferta primária de ações no segundo semestre de 2012.

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