quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Bebida alcoólica é parte da Copa e não negociamos, diz Fifa

Além de falar sobre o risco de Natal ser excluída entre as 12 cidades da Copa do Mundo de 2014, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, garantiu na tarde desta quarta-feira que haverá venda de cerveja nos estádios do torneio, embora o assunto ainda não tenha sido definido pelo governo. A polêmica começou no ano passado em função de o Estatuto do Torcedor proibir a comercialização de bebida alcoólica dentro das arenas em competições nacionais, desde 2003, além de existir vedação local em vários Estados do País. O assunto, aliás, é um dos mais que tem adiado a aprovação da Lei Geral da Copa. Apesar disso, Valcke bateu o pé em entrevista à imprensa estrangeira no Rio de Janeiro. "A bebida alcoólica é parte da Copa do Mundo da Fifa, então vai ter. Me desculpe, eu posso parecer um pouco arrogante, mas isso é algo que a gente não negocia. Tem que ser parte da lei o fato de que nós temos o direito de vender cerveja", afirmou ele. Para a Fifa, a venda da cerveja nos estádios é uma questão comercial. A federação internacional tem acordo de patrocínio há mais de 25 anos (desde a Copa de 1986, no México) com a marca norte-americana Budweiser, que atualmente faz parte do maior grupo de cerveja do mundo, o Anheuser-Busch InBev. "A nossa parceira, inclusive, é uma empresa brasileira", disse Valcke, lembrando que a cervejaria brasileira AmBev integra a AB InBev. Em seguida, o dirigente resolveu salientar: "Não estamos falamos de bebidas alcoólicas. Estamos falando de cerveja, nada mais". Valcke também anunciou que a mascote e o slogan oficias da Copa-2014 serão definidos até março envolvendo comitê local, governo federal e "o povo brasileiro". Sem explicar os critérios, acrescentou que já existem empresas brasileiras trabalhando nisso. "É algo que pertence ao Brasil. É o que o Brasil vai mostrar ao mundo. Naturalmente, não é decisão da Fifa. Hoje, estamos com uma espécie de pré-acordo e, em março, ambos serão lançados em evento com os presidentes Dilma e Blatter", disse.

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