quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Brasil aplica "capitalismo de Estado", diz "The Economist"

A reportagem de capa da última edição da revista britânica "The Economist", lançada nesta quinta-feira, comenta sobre a ação do governo brasileiro em empresas e o crescimento das corporações nas chamadas economias de "capitalismo de Estado". A revista, cuja manchete é "O crescimento do capitalismo de Estado", informa que o País, que passou por uma "abrangente privatização nos anos 1990", agora está interferindo em decisões da Vale e da Petrobras e "convencendo empresas menores a formar grupos campeões nacionais". A publicação revela que a África do Sul "flerta" com o modelo brasileiro. De acordo com a matéria, os países do BRICS "não estão promovendo apenas mudanças duras de infraestrutura, mas também na infraestrutura de corporações nacionais". "The Economist" ressalta que os sustentadores do "capitalismo de Estado" argumentam que é possível prover estabilidade e crescimento ao mesmo tempo e que o sistema só pode ser dirigido por um Estado competente. A reportagem revela que a relação com a cultura mandarim ajuda os países asiáticos a desenvolver a boa administração do Estado, mas não é vista no Brasil e na África do Sul, que também estão incluídos no grupo dos emergentes. O texto ressalta que os países que aplicam esse modelo, especialmente a China, "não vêem problemas em manter a mistura entre o Estado e as empresas" e questiona o sucesso do modelo e as perspectivas para os mercados emergentes.

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