quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

China defende comércio com Irã apesar da pressão dos Estados Unidos

A China não deu nenhuma indicação nesta quarta-feira de ceder ao pedido dos Estados Unidos de corte dos rendimentos do Irã com petróleo e rejeitou como excessivas as sanções americanas, mesmo com a presença do secretário do Tesouro, Timothy Geithner, em Pequim, para pleitear o apoio chinês. Geithner se reuniu nesta quarta-feira com o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, e na próxima semana fará uma visita à Arábia Saudita, maior exportador mundial de petróleo, cuja oferta será crucial para que a China possa deixar de comprar o produto do Irã. Os Estados Unidos impuseram em 31 de dezembro sanções a instituições financeiras que tenham negócios com o Banco Central iraniano, por onde tramitam pagamentos de exportações petrolíferas. As medidas decorrem da desconfiança americana de que o Irã estaria tentando desenvolver armas nucleares, o que o governo iraniano nega. Na reunião com Xi Jinping, cotado para ser o próximo chefe de Estado da China, Geithner enfatizou a necessidade de cooperação econômica e estratégica entre Pequim e Washington. A China já apoiou quatro rodadas de sanções da ONU contra o Irã, mas se empenha em evitar medidas que afetem o setor energético iraniano. O país tem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU e critica os Estados Unidos e a União Européia por adotarem sanções unilaterais adicionais. A União Européia também deve adotar um embargo ao petróleo iraniano, mas China, Japão e Índia, os três maiores clientes do Irã, dificilmente aceitarão isso. Depois da visita a Pequim, Geithner segue para Tóquio.

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