domingo, 22 de janeiro de 2012

Damas de Branco fazem homenagem a dissidente morto em Cuba

O grupo de opositoras cubanas Damas de Branco prestou homenagem, neste domingo, em Havana, ao preso Wilmar Villar, morto na quinta-feira após 50 dias de greve de fome, e culpou o governo do facínora ditador Raúl Castro por sua morte. "Hoje é um dia que o povo de Cuba, as Damas de Branco, e a oposição interna em Cuba, estão de luto, visto que perdemos a vida de um jovem de 31 anos, Wilmar Villar, um homem digno, um homem que não devia ter morrido", disse Berta Soler, líder do grupo. Soler falou para mais de 40 mulheres, que após celebrar a habitual marcha dominical pela 5ª Avenida de Havana, fizeram um minuto de silêncio em memória de Villar. Operador têxtil de 31 anos, Villar morreu na quinta-feira em um hospital de Santiago de Cuba, 960 quilômetros a sudeste de Havana, após 50 dias de greve de fome para exigir sua liberdade. Ele era membro da opositora União Patriótica de Cuba. A ditadura comunista da dinastia facínora dos irmãos Castro negou em um comunicado que Villar fosse um "dissidente" ou fizesse greve de fome, acrescentando que a pena de quatro anos de prisão sob acusações de desacato, desobediência e atentado, foi devido a uma agressão física contra a esposa, a também opositora Maritza Pelegrino, e a resistir à prisão. "O governo não o escutou, o deixou morrer, assim como a Orlando Zapata", disse Berta Soler em alusão ao pedreiro falecido em 23 de fevereiro de 2010, após fazer na prisão uma greve de fome de 85 dias, despertando fortes críticas internacionais contra Cuba e atribuindo uma bandeira política à dissidência.

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