quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Devolução de lixo hospitalar para os Estados Unidos é adiada

Foi adiada a devolução de dois contêineres, retidos no porto de Suape em Pernambuco, com lixo hospitalar vindo dos Estados Unidos, informou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O envio das 46 toneladas de tecidos hospitalares estava marcado para este sábado, mas foi postergado para o dia 21 por falta de documentação. De acordo com a Anvisa, a companhia marítima alemã Hamburg Süd, responsável pelo transporte dos contêineres ao Brasil, solicitou a emissão de documento pelas autoridades alfandegárias ou do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos avalizando o retorno da carga. A alfândega do porto de Suape encaminhou, conforme a Anvisa, o pedido aos órgãos norte-americanos. A empresa Na Intimidade, importadora do lixo dos Estados Unidos, vai arcar com os custos da devolução. A empresa declarou às autoridades brasileiras que a carga tinha tecidos de algodão com defeitos. No entanto, a Vigilância Sanitária encontrou lençóis com marcas de hospitais norte-americanos sujos de sangue. Os contêineres estão retidos no porto desde outubro, quando a fraude foi descoberta. Além da devolução, a Apevisa (Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária) determinou a incineração de 50 toneladas do lixo importado, material que estava no depósito da empresa e vendido na região. O esquema de importação do lixo hospitalar foi descoberto após a Receita Federal interceptar, entre os dias 11 e 13 de outubro, no porto de Suape (PE), dois contêineres carregados com lençóis, fronhas e toalhas usados em hospitais dos Estados Unidos. Todos os dias entram mais de 1.000 contêineres de lixo nos portos brasileiros, que não são examinados. O Brasil é a lixeira do mundo.

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