segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Dilma avisa que não falará sobre morte de dissidente em sua viagem a Cuba

A morte do dissidente cubano Wilman Villar na semana passada não deve causar constrangimentos à visita da presidente Dilma Rousseff à ilha, no fim do mês. Interlocutores da presidente dizem que Dilma deve se distanciar do episódio, mais um momento delicado em relação aos diretos humanos em Cuba. Uma das características da petista em suas viagens internacionais tem sido evitar tratar de questões internas dos anfitriões. Exilados cubanos têm pedido para que Dilma se refira aos direitos humanos em sua viagem a Cuba. "Que ela vá a Cuba, desde que diga o que deve ser dito", disse Elena Larrinaga, presidente do Observatório Cubano de Direitos Humanos. Villar morreu de infecção generalizada e pneumonia após mais de 50 dias de greve de fome, na quinta-feira. O episódio reaviva o caso de Orlando Zapata Tamayo, dissidente que morreu em fevereiro de 2010, depois de 85 dias de greve de fome. Tamayo era considerado "preso de consciência" pela Anistia Internacional, reconhecimento que Villar estava prestes a obter, e protestava contra as condições carcerárias. Ele morreu um dia antes de o então presidente Lula chegar a Cuba para visita oficial.

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