sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Ditadura de Cuba solta o dissidente Guillermo Fariñas

O dissidente cubano Guillermo Fariñas foi libertado nesta sexta-feira após uma detenção de 72 horas na cidade de Santa Clara e se somou às declarações de condenação na ilha pela morte do prisioneiro Wilman Villar. Em conversa por telefone, Fariñas disse hoje que na terça-feira foi preso junto com os opositores Ángel Moya e Jorge Luis Artiles, após protagonizar um protesto público contra a ditadura genocida dos famigerados irmãos Castro, na frente da procuradoria provincial de Santa Clara. Segundo denunciou, Artiles e ele receberam "golpes" e foram "borrifados com gás pimenta" dentro de uma patrulha policial, onde posteriormente foram deixados sozinhos, e por isso pretende empreender ações legais contra esses agentes por "tortura" e "tentativa de assassinato". Ele detalhou que, uma vez na delegacia, se negou a receber seu remédio para epilepsia e a comer e beber água em protesto pela agressão policial. Ele também informou que Artiles foi liberado nesta sexta-feira, mas desconhece a situação de Moya. Sua detenção esta semana coincidiu com a morte de Wilman Villar, de 31 anos, a quem Fariñas qualificou como o "mártir" cubano de 2012. Guillermo Fariñas pede que parlamentos, partidos e fundações democráticas façam "uma condenação ao governo cubano" pelo caso de Villar, que morreu na tarde da quinta-feira após uma greve de fome de 50 dias que iniciou na prisão. "É importante que a comunidade internacional tome nota e deixe a indiferença perante os assassinatos premeditados e constantes que estão ocorrendo contra a oposição não-violenta cubana", ressaltou Fariñas. De acordo com os dissidentes, Villar era um opositor "ativo" desde o último mês de setembro, quando uniu-se à ilegal União Patriótica de Cuba. Sua morte ocorreu em um hospital de Santiago de Cuba por conta do jejum que iniciou para protestar pela condenação a quatro anos de prisão por delitos de desacato e atentado à autoridade que recebeu em novembro do ano passado.

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