terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Dívida externa brasileira sobe 16% em 2011 e vai a US$ 297 bilhões

A dívida externa brasileira cresceu US$ 40,545 bilhões de janeiro a dezembro do ano passado, fechando 2011 em US$ 297,349 bilhões. A expansão foi de 15,78% na comparação com 2010. Desse volume, US$ 136,780 bilhões se referem a dívidas de bancos, US$ 98,301 são do setor privado, US$ 57,836 bilhões são do governo e US$ 4,433 bilhões são da dívida da autoridade monetária. O sistema bancário é o responsável por quase metade do total do endividamento com credores de outros países. O total de US$ 136,780 bilhões, em dezembro, responde por um crescimento de US$ 33,637 bilhões ante o saldo apresentado no fim de 2010 (US$ 103,143 bilhões). Os bancos praticamente dobraram as captações de longo prazo de US$ 52,063 bilhões no fim de 2010 para US$ 99,919 bilhões em dezembro do ano passado. Desse montante, US$ 47,521 bilhões são títulos de dívida e US$ 51,774 bilhões são empréstimos. Já a dívida de curto prazo do sistema bancário diminuiu US$ 14,218 bilhões entre 2010 e o ano passado, saindo de US$ 51,079 bilhões em dezembro de 2010 para US$ 36,861 bilhões no fim de 2011. Tirando os bancos, o saldo devedor externo do setor privado totalizou US$ 98,301 bilhões, ante US$ 84,088 bilhões apurados no fim de 2010. Esses dados não levam em conta os empréstimos intercompanhias, que são considerados passivos de investimento direto e não dívida. Em dezembro de 2011, eles alcançaram US$ 105,036 bilhões. No fim de 2010, o volume foi de US$ 95,137 bilhões. A soma do estoque dessas operações com a dívida de outros tipos de empréstimos e de financiamentos alcançou US$ 402,385 bilhões em dezembro do ano passado, ante US$ 351,941 bilhões contabilizados em dezembro de 2010. A dívida do governo caiu 11,2%, de US$ 65,127 bilhões no fim de 2010 para US$ 57,836 bilhões em dezembro do ano passado. O saldo é decorrente, basicamente, de US$ 3,266 bilhões em resgate de títulos e US$ 4,297 bilhões em pagamentos de empréstimos. A maior parte do endividamento brasileiro é majoritariamente de longo prazo. Os financiamentos com prazo superior a um ano equivalem a US$ 258,310 bilhões, enquanto os de curto prazo estão em US$ 39,040 bilhões.

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