domingo, 15 de janeiro de 2012

Dois sobreviventes são encontrados dentro de navio naufragado na Itália

Um homem e uma mulher foram encontrados com vida dentro do navio de cruzeiro de luxo Costa Concordia, que naufragou na noite de sexta-feira na costa da Itália, próximo à ilha de Giglio, matando ao menos três pessoas. A informação foi divulgada na noite de sábado. Os dois sobreviventes foram ouvidos pela equipe de resgate que continua fazendo buscas no local. O navio não afundou completamente e parte da embarcação ainda pode ser vista a partir da costa. O número de desaparecidos é estimado em 40. Eles estão dois andares abaixo do local em que as buscas estão sendo feitas no momento e ainda não foram retirados da embarcação. O comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino, foi interrogado e depois levado à prisão de Grosseto, onde deve aguardar uma audiência judicial. Schettino e o primeiro oficial do navio, Ciro Ambrósio, foram detidos após o navio, que levava 4.229 pessoas, ter encalhado a 500 metros da ilha toscana, na cidade de Grosseto. Durante o interrogatório policial, o comandante disse que a rocha contra a qual o navio da empresa italiana Costa Cruzeiros se chocou não estava indicada nas cartas de navegação usadas no navio. Já a procuradoria de Grosseto afirma que Schettino realizou uma manobra errada e acusa o comandante de ter abandonado o navio quando ainda havia um grande número de passageiros dentro da embarcação aguardando o resgate. Uma fonte próxima à equipe de investigação das causas do acidente afirmou que o navio da Costa Cruzeiros seguia "uma rota errada, não deveria estar no local em que se chocou contra a rocha", mas a empresa declarou que o navio podia passar entre a ilha de Giglio e o porto de Santo Stefano, na cidade de Grosseto. O navio transportava 53 brasileiros entre os 4.229 a bordo, segundo informações do Ministério das Relações Exteriores. Desse total, havia 47 passageiros e seis tripulantes. Anteriormente, o ministério havia informado que 46 brasileiros estavam no acidente. Segundo o Itamaraty, os 53 brasileiros foram identificados e retirados da área, na região da Toscana. O ministério disse ainda que a origem das informações, até o momento, é a "companhia de cruzeiros que organiza os resgate e distribui os resgatados pelos hotéis da região da Toscana, ao norte da Itália". Entre os mortos confirmados, há dois turistas franceses e um peruano, membro da tripulação. A equipe médica que realiza o resgate das vítimas afirmou que as três pessoas teriam se afogado. Os corpos se encontram no necrotério de Orbetello, próximo ao porto de São Stefano. O prefeito de Grosseto, Giuseppe Linardi, confirmou a morte de apenas três pessoas e afirmou que há 14 feridos. Mais cedo, a empresa Costa Cruzeiros, dona do Costa Concordia, havia informado em comunicado no sábado que oito pessoas morreram após a tragédia e ao menos 80 estavam desaparecidas. O arquipélago onde está situada a Ilha de Giglio fica a cerca de 80 quilômetros de distância de Roma. Segundo relatos da imprensa européia, após o encalhe da embarcação pequenas barcos tentaram ajudar no resgate dos passageiros e tripulantes. A Guarda Costeira chegou a informar que "os passageiros não corriam perigo" e eram retirados em botes salva-vidas do navio Costa Concordia. Porém, ao retirar os últimos membros da tripulação uma fenda se abriu, causando vazamentos internos. De acordo com o site do Costa Concordia, a embarcação "é o maior e mais imponente navio de toda a frota Costa com 112 mil toneladas, mais de 500 varandas privativas nas 1.500 cabines".

Nenhum comentário: