quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Estados Unidos suspendem contrato de compra de 20 aviões da Embraer

O governo dos Estados Unidos suspendeu temporariamente a compra de 20 aviões militares Super Tucano, da Embraer, depois que uma rival abriu processo no país para contestar o resultado da licitação. A Força Aérea dos Estados Unidos havia concedido o contrato de US$ 355 milhões em 22 de dezembro, mas, cinco dias depois, a Hawker Beechcraft anunciou decisão de contestar a licitação na Justiça, após sua aeronave AT-6 ser excluída da competição. A Embraer havia divulgado na sexta-feira passada que tinha vencido a licitação para fornecer 20 unidades do A-29 Super Tucano, seu primeiro contrato com a Defesa americana. "A concorrência e a avaliação de seleção foram justas, abertas e transparentes. A Força Aérea está confiante nos méritos de sua decisão de concessão do contrato e espera que o litígio seja rapidamente resolvido", divulgou em nota John Dorrian, porta-voz da Força Aérea norte-americana. O contrato, em negociação há um ano, gerou resistências, principalmente entre congressistas do Kansas, Estado-sede da Hawker. Pedido de investigação internacional para apurar eventual subsídio do Brasil à Embraer chegou a ser cogitado. A avaliação é que um contrato dessa magnitude (em momento de crise econômica) e em um setor tão sensível não podem chegar às mãos de uma empresa estrangeira. De acordo com a licitação, as aeronaves da Embraer serão fornecidas em parceria com a norte-americana Sierra Nevada Corporation (SNC) e serão utilizadas para treinamento avançado em vôo, reconhecimento e operações de apoio aéreo no Afeganistão. O negócio inclui o fornecimento das aeronaves e do pacote de serviços, como treinamento de mecânicos e pilotos responsáveis pela operação do avião. A expectativa da empresa é conseguir vender mais 35 aviões para os Estados Unidos, o que pode elevar o contrato à cifra de US$ 950 milhões. O A-29 Super Tucano, projetado para missões de contra-insurgência, atualmente é empregado por seis forças aéreas e possui encomendas de outras, segundo a Embraer.

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