Guarda costeira aponta 29 desaparecidos em naufrágio do transatlântico na Itália

Quatro tripulantes e 25 passageiros ainda estão desaparecidos, três dias depois do acidente com o transatlântico italiano Costa Concordia, que encalhou na costa da Toscana, informou a Guarda Costeira italiana. "Uma hora atrás eu recebi um relatório da administração local de Grosseto segundo o qual 29 pessoas continuavam desaparecidas", disse o comandante da Guarda Costeira, Marco Brusco, revisando para cima uma estimativa divulgada mais cedo e que dava conta de 15 pessoas ainda sem paradeiro conhecido. Embora Brusco não tenha esclarecido o aumento da contagem, três famílias italianas relataram que, embora seus parentes estivessem listados entre os sobreviventes, ainda não foram encontrados. O representante da Guarda Costeira esclareceu ainda que dez alemães estão entre os 29 desaparecidos, e que há uma "faísca de esperança" de que alguns desses ainda estejam vivos. O navio Costa Concordia naufragou na última sexta-feira, com mais de quatro mil passageiros a bordo, depois de encalhar em um banco de areia próximo à ilha de Giglio, na região italiana da Toscana. Várias horas de caos se seguiram ao acidente, mas a maioria dos 4.200 passageiros e tripulantes conseguiu se salvar, inclusive 57 brasileiros. Até agora foram encontrados seis corpos. Os proprietários da embarcação atribuíram a culpa ao capitão do navio, que teria se aproximado demais da ilha de Giglio, na costa oeste italiana, para "saudar" a população local, na noite de sexta-feira. Um especialista em resgates que está em Giglio disse que o navio está claramente se mexendo, depois de inicialmente ficar imobilizado nas pontas das rochas. O mar bravio pode deixar os destroços à deriva, o que seria "um grande problema", segundo ele. O barco está apoiado numa lâmina de cerca de 20 metros de água, mas pode cair a até 130 metros caso se solte das rochas. O bombeiro Cari disse que a equipe de resgate não consegue ouvir ruídos de possíveis sobreviventes dentro do navio semissubmerso.