sábado, 14 de janeiro de 2012

IBGE diz que recuo do emprego industrial reflete maus resultados do setor

O recuo de 0,1% no emprego industrial em novembro frente a outubro não acompanhou a alta na produção de 0,3% observada no período, confirmando a trajetória descendente em que se encontra o setor. Os dados descontam efeitos sazonais. A redução do nível de emprego em novembro, apontada pela Pimes (Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário), divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE, reflete o acúmulo de maus resultados da indústria em meses anteriores, afirma o gerente de análise e estatísticas derivadas do instituto, André Macedo. "Não se pode dissociar o comportamento do trabalho com a produção, por um resultado divergente. Na indústria, há a predominância de resultados negativos nos últimos meses, que refletem no emprego", diz o especialista do IBGE. O número de horas pagas em novembro recuou 0,2% em relação a outubro, enquanto a folha de pagamento real aumentou em 0,3% no período, com dados ajustados sazonalmente. Em relação a novembro de 2010, o emprego industrial caiu 0,5%, ao passo que o número de horas pagas recuou 1,6% e a folha de pagamento real subiu 2,1%. No acumulado entre janeiro e novembro, o nível de emprego na indústria cresceu 1,1%, enquanto o número de horas pagas cresceu 0,6% e a folha de pagamento real avançou 4,3%. No acumulado em 12 meses até novembro, o emprego industrial avançou 1,3%, o número de horas pagas apresentou alta de 0,9%, e a folha de pagamento real subiu 4,5%. A presença de importados, os níveis de estoques elevados, demanda doméstica menos aquecida e a política monetária contracionista do governo no fim de 2010 e no primeiro semestre de 2011, reforça Macedo, ainda pressionam a indústria e, consequentemente, os empregos do setor.

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