quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Indígenas cercam usina de extração de gás na Bolívia

Indígenas guaranis paralisam há três dias as obras de uma usina de extração de gás liquefeito no leste da Bolívia exigindo compensações para permitir a construção no que consideram ser seu território. "Neste momento, a usina (localizada na região de Río Grande, a cerca de 1.100 quilômetros a sudeste de La Paz) está sitiada, os trabalhadores não podem entrar, interrompemos o trabalho", informou Carlos Villegas, presidente da estatal petroleira boliviana YPFB. Em troca da construção da usina, a Assembléia do Povo Guarani Takovo Mora pede um ressarcimento de US$ 37 milhões, solicitação que "praticamente inviabiliza um projeto que é de interesse nacional", disse Villegas. O projeto custa US$ 157 milhões. Um porta-voz da APG, Higinio Coca, explicou: "Foi paralisado o trabalho da usina de Río Grande porque nós somos claros, pedimos a consulta ao povo guarani para este tema e não o fizeram". Segundo Villegas, os indígenas não têm direito de propriedade sobre essas terras depois de uma decisão de um Tribunal Agrário Nacional, no último 5 de dezembro, e a licença ambiental entregue posteriormente pelo Ministério do Meio Ambiente. "Estamos em uma situação na qual a APG sitiou a Usina de Río Grande desconhecendo a resolução do Tribunal Agrácio Nacional, esta resolução nos exime de fazer a consulta", explicou Villegas.

Nenhum comentário: