segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Israel estuda ferrovia entre Mediterrâneo e Mar Vermelho

O governo israelense começou neste domingo a estudar um projeto de ferrovia que uniria o Mediterrâneo ao Mar Vermelho, o que ofereceria uma rota alternativa ao Canal de Suez para o tráfego entre Europa e Ásia. O premier Benjamin Netanyahu indicou que uma ferrovia de 350 quilômetros cortando o Deserto de Negev deixaria o balneário de Eilat, no Mar Vermelho, a duas horas de Telaviv. "Juntamente com essa linha haveria uma via reservada ao transporte de mercadorias entre Ásia e Europa", declarou Netanyahu aos membros de seu governo, assinalando que também se estuda uma ampliação para o norte de Israel: "Esse projeto despertou um grande interesse das potências emergentes, principalmente China e Índia". Segundo Netanyahu, "a ligação entre continentes é de uma importância estratégica, tanto no plano nacional quanto no internacional". O governo israelense terá uma nova rodada de discussões sobre o tema. O Ministério dos Transportes de Israel informou em seu site que apresentou opções para o lançamento do projeto, mas que as empresas chinesas foram priorizadas. "A capacidade profissional das empresas da China na construção de ferrovias e redes de transporte é uma das melhores do mundo", afirmou o ministro da pasta, Yisrael Katz, que se reuniu com o colega chinês em Pequim, no ano passado, e ambos concordaram em apresentar um projeto conjunto para a ferrovia até Eilat. Segundo autoridades israelenses, a ferrovia também poderia ser usada para exportar gás israelense para a Índia e, talvez, para a China. Importantes jazidas de gás foram descobertas em 2010 no leste do Mediterrâneo, a 130 quilômetros do porto israelense de Haifa, a 1.634 metros de profundidade. Esta foi a maior descoberta de jazidas de hidrocarbonetos no mundo nos últimos 10 anos. As reservas foram estimadas em dezenas de bilhões de dólares, capazes de garantir a Israel a independência energética por décadas.

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