segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Ministro israelense afirma que restam poucas semanas para Assad na Síria

Os dias do regime do ditador sírio Bashar al Assad estão contados e restam poucas semanas para sua família no poder, afirmou nesta segunda-feira o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak. "Para a família Assad restam apenas poucas semanas para exercer o poder na Síria", declarou o ministro na Comissão Parlamentar de Relações Exteriores e Defesa. As declarações de Barak chegam no mesmo dia em que a Suíça negou visto para um primo do ditador sírio, Hafez Majluf, que queria se reunir com seu advogado, segundo o jornal dominical "NZZ Am Sonntag". Hafez Majluf é o chefe dos serviços secretos de Damasco e não concordou com as sanções impostas pela Suíça ao regime sírio e seus dignatários. Por esta razão, queria ir à Suíça para conversar com seu advogado, informando que o Tribunal Federal, a mais alta instância jurídica do país, publicou nesta semana a decisão na qual comunica a proibição de entrada em território suíço. Parlamento árabe pediu a retirada imediata dos observadores da Liga Árabe atualmente na Síria ao avaliar que sua presença não teve efeito algum sobre a repressão das forças do regime, que mais uma vez atuaram com violência no primeiro dia do ano. "O regime sírio continua matando inocentes. Assistimos a uma escalada da violência, cada vez matam mais pessoas, incluindo crianças, e tudo isso na presença dos observadores", afirmou o chefe desse organismo consultivo da Liga Árabe formado por parlamentares de seus 22 membros. A oposição síria está pessimista sobre as chances de os monitores da Liga Árabe, que visitam atualmente o país, conseguirem interromper a repressão de nove meses lançada pelo ditador Bashar al Assad sobre os protestos contra o seu governo, disseram ativistas no sábado. A missão da delegação da Liga Árabe está destinada ao fracasso, disse o chefe do Conselho Nacional Sírio Burhan Ghalioun, sediado em Paris. "Se o regime fracassar em cumprir os compromissos acordados, não há outra solução a não ser ir até o Conselho de Segurança da ONU e eu acho que estamos indo em direção do Conselho de Segurança", disse ele à televisão Al Jazeera. "Como você viu, o regime ainda está usando atiradores e usando Shabeeha (bandidos), e ainda está impedindo que as pessoas protestem em locais públicos", disse Ghalioun, que pressiona por uma intervenção externa maior apesar do fato de o Ocidente estar sendo contrariado por Rússia e China no Conselho nessa questão.

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