sábado, 14 de janeiro de 2012

Nasa afirma que corte de metano e fuligem esfriaria a Terra

Uma ação abrangente para combater a emissão do gás metano e a poluição por fuligem reduziria o aquecimento global de 2,2ºC para 1,7ºC em 2050, indica um novo estudo liderado pela Nasa. Quase todas as medidas necessárias para isso, dizem os cientistas, teriam seus custos compensados ao evitar gastos em saúde pública e na agricultura. Segundo o trabalho, publicado na revista "Science", se o planeta adotar 14 medidas contra essas substâncias, combateria a mudança climática, evitaria mortes por doenças respiratórias e aumentaria a produtividade agrícola. O documento inclui propostas que vão desde a substituição de fornos a carvão (grande fonte de poluição em países pobres) até o controle do vazamento de metano em poços de petróleo. Combater a emissão desse gás, que também é subproduto da agropecuária, ajudaria os próprios produtores rurais, porque o metano estimula o surgimento de ozônio em baixas altitudes, prejudicando a respiração das plantas. A produção mundial de alimentos teria um incremento de 30 milhões a 130 milhões de toneladas se o ozônio derivado da poluição fosse reduzido indiretamente por meio do combate ao metano. "As colheitas seriam o fator do qual países como o Brasil mais se beneficiariam", disse Drew Shindell, do Instituto Goddard, da Nasa, que liderou o trabalho: "Em países como China e Índia, o principal benefício seria na saúde pública, porque o problema de poluição por fuligem é muito maior lá".

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