terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Sesc do Rio de Janeiro sofre intervenção e dirigente é afastado

A representação do Sesc (Serviço Social do Comércio) no Rio de Janeiro está sob intervenção, sob suspeita de irregularidades em convênios de patrocínio de eventos. O presidente do Conselho Regional do Sesc-RJ, Orlando Diniz, e o diretor regional, Luiz Oddone, foram afastados. Por quatro meses, a regional será comandada por Maron Emile Abi-Abib, que analisará as contas. Auditoria feita pelo conselho fiscal da direção nacional da entidade identificou suspeitas de superfaturamento e desvio de finalidade nos convênios e patrocínios firmados pela regional. Oito contratos foram questionados, entre eles o de eventos como o Rio Fashion Business, o festival de música Rio Noites Cariocas e o espetáculo teatral "Hair". Na análise dos auditores, houve "transferência de recursos da entidade para terceiros". "Esses eventos não indicam, em nenhuma de suas cláusulas, ações que possam contribuir diretamente para a melhoria do bem-estar da coletividade e dos comerciários", diz o relatório. Diniz afirmou que todos os contratos assinados seguem diretrizes nacionais do Sesc, visando a divulgação e a promoção institucional. Ele disse considerar uma "afronta" a destituição da diretoria regional antes da conclusão das investigações. "Houve três auditorias no Rio de Janeiro e em nenhum momento nenhum funcionário dificultou o trabalho dos auditores. Para fazer uma auditoria precisa fazer uma avocação (intervenção), afrontar a empresa e desqualificar os empregados e técnicos?" Segundo Diniz, eventos como o Rio Noite Cariocas e o Rio Fashion Business foram patrocinados em anos anteriores, sem questionamentos. O Sesc é mantido por contribuições de empresários do comércio de bens e serviços. Mas também tem convênios com órgãos federais, principalmente os ministérios do Trabalho e da Previdência.

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