sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Suspeito de vazar dados para o WikiLeaks será julgado em corte militar

Um tribunal militar recomendou nesta quinta-feira que Bradley Manning, analista do Exército, seja julgado em uma corte marcial. Ele é suspeito de vazar documentos secretos para o site WikiLeaks e, se for condenado, pode pegar prisão perpétua. Visto como herói por ativistas antiguerra e traidor por quem alega que o vazamento colocou vidas em risco, Manning passou de um desconhecido a uma pedra no sapato do governo americano. Ele enfrenta mais de 20 acusações, incluindo uma de "colaborar com o inimigo", já que teria transmitido ao site centenas de milhares de documentos oficiais relacionados às guerras do Iraque e do Afeganistão, vídeos comprometedores e milhares de telegramas do Departamento de Estado americano. Manning está preso desde 2010 no Estado da Virgínia. O Exército americano afirmou que o tribunal militar concluiu que há provas suficientes de que o acusado cometeu os delitos dos quais é acusado. A recomendação desta quinta-feira agora será analisada por uma comissão de líderes militares e o comandante do distrito militar de Washington, o general Michael Linnington, vai tomar a decisão final. A promotoria alega que Manning se comunicou diretamente com o fundador do WikiLeaks, Julian Assange. Os documentos publicados pelo site foram o maior vazamento de dados secretos da história americana. Entre eles estava um vídeo de 2007 mostrando o ataque de um helicóptero americano, no qual um jornalista e um civil foram mortos, além de 250 mil comunicados diplomáticos secretos. Após ser preso, Manning foi levado para uma prisão militar em Quântico, no Estado da Virgínia.

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