quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Avô de cotado para assumir Ministério das Cidades é acusado de ser matador em dois livros e em filme

Potencial ministro das Cidades, o líder do PP na Câmara, deputado federal Aguinaldo Veloso Borges Ribeiro (PB), traz o nome de um usineiro acusado, em livros oficiais, de mandar matar líderes camponeses na Paraíba. Avô de Ribeiro, o ex-deputado federal Aguinaldo Veloso Borges é apontado em dois livros lançados pelo governo federal como mandante do assassinato de João Pedro Teixeira, fundador da Liga Camponesa de Sapé (PB), em 1962. A trajetória de João Pedro é relatada no documentário “Cabra Marcado para Morrer”, de Eduardo Coutinho. Segundo o livro “Retrato da Repressão Política no Campo”, relançado pelo governo de Dilma, Borges só não foi preso porque obteve imunidade parlamentar ao ocupar cadeira na Câmara. Outro livro oficial, o “Direito à Memória e à Verdade”, produzido durante o governo Lula, cita a mesma história. O nome do avô do possível ministro também é associado à morte da líder Margarida Maria Alves, em 1985. Segundo a bibliografia oficial, Borges ameaçou a então presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande (PB) “pouco antes” de ela ser baleada por pistoleiros encapuzados.A sindicalista inspirou a “Marcha das Margaridas”, ato que há quatro anos reúne em Brasília trabalhadoras rurais de todo o País. Embora diga que ainda não foi convidado para assumir a pasta, Ribeiro descarta risco de constrangimento com a esquerda do PT. Para ele, “o Brasil e o mundo mudaram”, e a dicotomia “esquerda e direita” está superada.

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