segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

CGU aponta desvios de R$ 2,8 milhões em contratos da Petrobras

Um relatório da Controladoria Geral da União aponta desvio de pelo menos R$ 2,8 milhões repassados pela Petrobras como patrocínio a uma ONG baiana entre 2004 e 2006. Quase a totalidade dos repasses ocorreram na gestão do petista José Sérgio Gabrielli na estatal. Ele deixou a empresa para integrar o governo baiano. Na época da assinatura dos quatro contratos com a ONG Pangea Centro de Estudos Socioambientais, que somam mais de R$ 7 milhões, a organização era presidida por Sérgio Santana, ex-deputado estadual pelo PMDB-BA. O desvio, segundo a CGU, envolvia a emissão de cheques para "esquentar" notas frias. Cinco empresas supostamente fornecedoras da ONG estavam envolvidas. Quatro delas são de fachada e uma tem estrutura incompatível com os serviços supostamente executados, segundo os auditores. Notas fiscais emitidas pelas firmas contavam com a mesma grafia. Além disso, os sócios das diferentes empresas eram parentes. Segundo o relatório, uma fornecedora da Pangea emitia nota fiscal para comprovar uma contratação, indicando o número de cheque que supostamente garantia o pagamento do serviço. Porém, os cheques eram depositados em contas da ONG ou sacados na boca do caixa. De acordo com a CGU, a Petrobras liberou recursos para a ONG sem pedir prestação de conta parcial e relatórios de atividades.

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