quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Conselho de Medicina de São Paulo critica ação policial na cracolândia

O Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) divulgou nota nesta quarta-feira criticando a ação policial na cracolândia, na região central de São Paulo, iniciada no dia 3 de janeiro deste ano. A nota foi publicada após uma sessão plenária do conselho, realizada na segunda-feira. Segundo o Cremesp, o uso de crack e outras drogas é uma doença tratável que depende de "procedimentos integrados, médicos e humanitários. Não pode, assim, ser reduzido a uma ação policial intempestiva, que trata todos os cidadãos doentes como criminosos". Para o órgão, a intervenção dos governos estadual e municipal na região deve ser realizada com ações sincronizadas entre órgãos de saúde, assistência social e justiça. A nota cita a convivência de criminosos com usuários na cracolândia, e diz que cada caso deve ser tratado individualmente, para assegurar o encaminhamento adequado dos dependentes. Ainda segundo a nota, "somente os diagnósticos social e clínico corretos podem sustentar cada modalidade de tratamento", que passam pelo Caps (Centros de Assistência Psicossocial), consultório de rua, albergamento socioterapêutico até as internações compulsórias, que devem ser "excepcionais e pontuais", na avaliação do Cremesp. O órgão rechaçou o que chama de "voluntarismo terapêutico e higienista" e declarou que os médicos podem ajudar na recuperação dos dependentes. Não há qualquer dúvida, o Cremesp petezou. E não respeita governo sequer que é comandado por um médico, Geraldo Alckmin.

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