quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Haddad vai sofrer com "kit gay", diz bispo da Igreja Universal

A polêmica sobre o chamado kit anti-homofobia, encomendado pelo Ministério da Educação durante a gestão de Fernando Haddad, fará o petista "sofrer" na eleição municipal de São Paulo. A previsão é de Marcos Pereira, bispo da Igreja Universal e presidente nacional do PRB, partido aliado ao PT no governo Dilma Rousseff. O dirigente afirma que o material, conhecido entre os evangélicos como "kit gay", será usado contra Haddad na campanha e vai fazê-lo perder votos neste segmento, estimado em cerca de 20% do eleitorado paulistano. "Vai ser difícil tirar essa mancha do Haddad. Ele vai sofrer muito com isso", diz. O petista tem procurado líderes de igrejas para tratar do assunto. Ele sustenta que o material vazou antes de ser distribuído e que o MEC vetaria seu uso em salas de aula. Marcos Pereira afirma que a explicação não o convenceu: "Se o kit chegasse às escolas, seria o pior dos mundos. Mas se o Haddad pagou por algo que seria vetado, mostrou ser um mau administrador. De um jeito ou de outro, ele vai apanhar". O bispo apóia o pré-candidato Celso Russomanno (PRB). Em 2011, a TV Record, controlada pela Universal, levou ao ar reportagens de mais de dez minutos sobre o kit, em tom crítico contra Haddad. Os petistas temem uma reprise da cruzada contra Dilma Rousseff na eleição presidencial de 2010, quando ela foi acusada de defender o aborto e ser contra a família. Na semana passada, o pastor Silas Malafaia e o senador Magno Malta (PR-ES) usaram o kit para atacar Haddad. O pré-candidato Gabriel Chalita (PMDB), católico, disse que o próximo prefeito precisará de "valores cristãos" para administrar a cidade.

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