domingo, 12 de fevereiro de 2012

Juiz Baltasar Garzón será expulso de carreira jurídica

Baltasar Garzon
O juiz espanhol Baltasar Garzón, cuja condenação nos últimos dias por ter ordenado escutas a uma rede corrupta provocou uma onda de críticas na Espanha e no Exterior, será expulso da carreira jurídica nesta terça-feira. O Conselho Geral do Poder Judiciário, órgão máximo dos juízes na Espanha, tornará efetiva a expulsão da carreira judicial de Garzón, dia em que a Corte Suprema o notificará formalmente da sentença que o desabilitou por 11 anos por causa das escutas do chamado caso Gürtel. Uma vez que a comissão faça efetiva a sentença, que representa para Garzón a perda da condição de juiz e das honras e reconhecimentos que acompanham o cargo, o plenário do Conselho Geral do Poder Judiciário vai autorizar de forma definitiva em nova sessão no dia 23 de fevereiro. O afastamento se deu após a abertura de três ações judiciais contra ele: a das escutas, outra por investigar os crimes da ditadura de Francisco Franco (1939-1975) e uma terceira pelos patrocínios recebidos de cursos que fez em Nova York. O Conselho Geral do Poder Judiciário deve abrir então seleção para preencher a vaga aberta com a saída de Garzón, à qual poderão concorrer magistrados de toda a Espanha. Baltasar Garzón foi condenado por ordenar gravações das conversações entre advogados e seus clientes suspeitos de corrupção que envolvia altos funcionários do conservador Partido Popular, que governa o país, em violação com os direitos da defesa. Ele está sendo também processado em outros dois casos, um deles por ter investigado o desaparecimento de mais de 100.000 pessoas durante a Guerra Civil (1936-1939) e o franquismo (1939-1975), contrariando a lei de anistia.

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