quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Parlamentares querem indicar integrantes da Comissão de Ética

Deputados federais defenderam nesta quarta-feira uma mudança na indicação dos integrantes da Comissão de Ética Pública da Presidência. A idéia é que o Congresso seja o responsável pelas indicações e não mais o Executivo. A proposta foi apresentada pelo líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), e ganhou o apoio de deputados da base aliada da presidente Dilma Rousseff. ACM Neto explicou que a intenção é "evitar ingerências", já que, segundo ele, Dilma tem o objetivo de proteger o ministro de Desenvolvimento, Fernando Pimentel, a quem classificou de "amigo da presidente". "Dilma não ficou satisfeita com o trabalho da Comissão, que já havia recomendado a demissão do ex-ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Ela ficou numa saia justa", disse ACM Neto. Além de Lupi, a comissão também abriu processo contra Fernando Pimentel. A idéia de ACM Neto foi bem recebida na Câmara dos Deputados. Para o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), as indicações tinham que ser feitas de uma maneira mista, assim como acontece com o Conselho Nacional de Justiça, sendo uma vaga do Senado, outra da Câmara e outra do Executivo, por exemplo: "Não vejo problema nenhum na mudança, por que não fazer?." Já o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) lembrou que a competência constitucional de fiscalizar o Executivo é do Congresso. É de se perguntar a Miro Teixeira: então, por que não exerce a sua prerrogativa e fiscaliza o governo? Entregar a Comissão de Ética da Presidência para o parlamento equivale a entregar um instrumento de chantagem a desqualificados amorais.

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