sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Petrobras e Vale isolam área com petróleo em projeto de potássio

O acordo entre Petrobras e Vale para que a mineradora explore potássio em uma região que também possui petróleo da estatal prevê que uma parte das reservas seja isolada, sem que nenhuma das companhias pratiquem suas atividades, revelou o ainda presidente da petroleira, José Sergio Gabrielli. Após longa negociação, a Petrobras arrendou direitos minerários em Sergipe à Vale por um prazo de 30 anos, permitindo que a mineradora desenvolva o projeto Carnalita. Um dos maiores projetos da Vale com vistas à produção de fertilizantes, o projeto dependia de um acordo entre Petrobras e Vale sobre como tornar compatível a exploração de potássio com a existência de petróleo na mesma localidade. O local abriga o campo de Carmopólis, um dos maiores campos de petróleo do País em terra. Gabrielli informou que a área "complicada", com petróleo e potássio praticamente juntos, representa apenas 10% de toda a região cedida à Vale para a exploração de potássio. "Isolamos essa área que tem complexidade tecnológica. Essa área precisa ter solução, é complicada porque se a gente produzir primeiro petróleo para depois carnalitas, vamos produzir gases e isso provoca risco de explosão", explicou Gabrielli. Foi acordado que o petróleo terá prioridade na área conflitante e que as empresas vão aguardar até que se desenvolva uma solução. O restante das reservas de carnalita, um tipo de sal de potássio, a maior das jazidas, será explorada normalmente. Com o novo projeto, a produção de potássio em Sergipe poderá mais que triplicar. A exploração de carnalita, a uma profundidade de 1,2 mil metros, tem capacidade prevista de 2,2 milhões de toneladas anuais. Atualmente, o país importa grande parte de suas necessidades de potássio, insumo de fertilizante, produto altamente demandado no Brasil, uma potência agrícola.

Nenhum comentário: