sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Petrobras fecha licitação recorde de US$ 76 bilhões para contratar sondas

Em uma das maiores licitações realizadas no mundo, a Petrobras contratou 26 sondas de perfuração pelo valor de US$ 76 bilhões, com o objetivo de impulsionar a exploração do petróleo no Brasil, especialmente as reservas do pré-sal. "Nunca nenhuma empresa contratou esse número de sondas de uma vez", afirmou uma fonte da estatal na quinta-feira, após a reunião do Conselho de Administração que definiu a concorrência. Agências de crédito dos Estados Unidos e da Noruega financiarão parte do valor necessário para a construção das unidades de perfuração, já que exportarão equipamentos que serão usados na sua fabricação. O maior financiador das encomendas será o BNDES. Os empréstimos deverão ser feitos pelas empresas que venceram a concorrência. Os contratos da encomenda bilionária serão divididos entre as duas empresas que disputavam a licitação: a Sete Brasil, constituída por fundos de pensão e bancos de investimento, e que conta com capital de 10% da própria Petrobras; e a Ocean Rig do Brasil, ligada ao empresário German Efromovich. A Sete Brasil terá contrato de afretamento de 21 unidades de perfuração pela taxa média diária de US$ 530 mil, enquanto a Ocean, de cinco unidades, com taxa diária média de US$ 548 mil. Inicialmente, a estatal contrataria 21 unidades de perfuração, mas aumentou o número "em função das condições apresentadas pelas empresas e a demanda existente para o desenvolvimento dos projetos futuros", conforme justificou em comunicado. Os contratos entre a Petrobras e as duas empresas terão prazo de 15 anos. As sondas fazem parte do plano da Petrobras de fomentar a indústria naval do País e garantir equipamentos para a exploração do pré-sal. O conteúdo nacional das sondas previsto nos contratos varia entre 55% e 65%, informou a Petrobras. O prazo de entrega varia de 4 a 7,5 anos. O pacote inicial previa a construção de 28 sondas no País, das quais sete unidades já foram contratadas junto à Sete Brasil e devem ser construídas no estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, controlado pelas construtoras Camargo Correa e Queiroz Galvão, além da sul-coreana Samsung. Ou seja, com a contratação das 26 anunciada nesta quinta-feira, o pacote sobe para 33 sondas. Os contratos prevêem a possibilidade de redução de preços, dependendo das condições de financiamento oferecidas pelo BNDES aos equipamentos de perfuração.

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