quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Rio de Janeiro abre processo para expulsar 73 policiais militares após greve

O comando da Polícia Militar do Rio de Janeiro abriu processo interno contra 73 policiais militares apontados como "simpatizantes da greve" iniciada na quinta-feira e encerrada na seguna-feira. A maioria desses policiais é composta de petistas que já promoveram greve antes junto com parlamentares e dirigentes petistas. Agora irão experimentar um pouco do seu próprio veneno. A medida pode resultar na expulsão dos policiais da corporação. Na terça-feira, o governador filo-petista Sérgio Cabral (PMDB, também conhecido como "Sérgio, o Ausente"), decidiu encaminhar à Justiça pedido para que os policiais militares e bombeiros presos em Bangu 1 sejam encaminhados para presídios militares. Ele afirmou, em nota, que "diante do fim das ameaças à manutenção da ordem pública" decidiu pedir à Justiça a transferência dos detidos. Dos 73 policiais militares que passarão pelo chamado conselho disciplinar, 71 eles emitiram em redes sociais ou blogs opiniões em favor da greve. Dois deles responderão por terem estacionado o carro de polícia para tomar banho de mar no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio de Janeiro, no primeiro dia da greve. O comando da corporação entendeu que eles foram simpatizantes ao movimento. Dois casos serão conduzidos pelo secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, pois envolvem dois tenentes-coronéis. Um deles postou em uma rede social opinião favorável ao movimento. Apesar do fim do protesto, o setor de inteligência da Polícia Militar continua monitorando as redes sociais para acompanhar as opiniões dos policiais. "Isso é autoritarismo. Opinar é um direito legítimo e todos têm o direito de se manifestar de alguma forma. Eles não podem participar da greve, mas o comandante da Polícia Militar ganhou carta branca para agir e punir", afirmou Vanderlei Ribeiro, da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Todos os 73 policiais perdem a arma e a carteira de policial. A Polícia Militar emitirá uma carteira de identificação temporária para cada um deles. Por que não procuram a CUT petista para chorar suas mágoas?

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