domingo, 18 de março de 2012

Bancos do Irã são excluídos da rede internacional financeira

O Irã está submetido desde sábado a um dos golpes mais duros sofridos em três décadas de sanções econômicas. A partir das 16 horas no horário de Greenwich (13 horas em Brasília), os principais bancos iranianos foram excluídos da rede que conecta as instituições financeiras internacionais. A medida foi implementada pelo órgão conhecido como Swift, uma cooperativa responsável pelo sistema padrão de transações e comunicações entre bancos. Por ser sediado na Bélgica, o Swift foi obrigado a endossar as mais recentes sanções da União Européia contra o programa nuclear iraniano. Adotadas em janeiro, impõem um embargo total ao Banco Central e ao setor petroleiro do Irã. "A União Européia nos forçou a agir. Desconectar bancos é um passo extraordinário e inédito para o Swift. É o resultado de uma ação internacional e unilateral para intensificar sanções contra o Irã", disse Lazaro Campos, chefe executivo do órgão. Os bancos iranianos já estavam marginalizados do sistema bancário internacional devido às sanções americanas, que retaliam qualquer banco com atividade simultânea nos Estados Unidos e no Irã. As sanções anteriores ainda davam aos bancos a opção de fazer transações com instituições iranianas, o que agora se torna tecnicamente inviável com a exclusão do Swift. "Perder acesso ao Swift é como se um homem de negócios ficasse sem passaporte", disse Mehrdad Emadi, consultor econômico da União Européia. Na prática, 19 bancos iranianos e 25 filiais ficarão banidos de enviar ou receber pagamentos ou mensagens financeiras ao Exterior. Entre as instituições visadas estão aquelas que os Estados Unidos acusam de financiar o terrorismo, como os bancos Mellat, Post, Saderat e Sepah.

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