sexta-feira, 30 de março de 2012

Brasil inicia preparativos para operação que libertará 10 reféns das Farc

O Exército brasileiro iniciou nesta sexta-feira os últimos preparativos para a operação de libertação de dez reféns que estão nas mãos das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, organização terrorista e traficante de cocaína), prevista para ser realizada nos próximos dias. Os dois helicópteros Cougar 532 UE que serão cedidos pelo governo brasileiro para a operação se deslocaram nesta sexta-feira de Manaus para São Gabriel da Cachoeira, a cerca de 100 quilômetros da fronteira com a Colômbia. Dali eles partirão junto com a ex-senadora Piedad Córdoba (cujo mandato foi cassado por conta de suas umbilicais ligações com o terrorismo), que atua como mediadora e participará pessoalmente da operação junto com outros membros dessa organização. Sandra Lefcovich, porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que também participará da operação, explicou que os dois helicópteros se dirigirão neste próximo domingo à cidade colombiana de Villavicencio, de onde partirão no dia seguinte para receber os primeiros reféns. A entrega, segundo informou Piedad Córdoba, será realizada em duas etapas, previstas para segunda e quarta-feira. O Brasil, como fez em outras três ocasiões, fornece os dois helicópteros e suas tripulações, formadas por um total de 20 oficiais e soldados do Exército. Os sequestrados que a organização terrorista e traficante de cocaína se comprometeu a libertar são os militares Luis Alfonso Beltrán Franco, Luis Arturo Arcia, Robinson Salcedo Guarín e Luis Alfredo Moreno Chagüeza. Com eles, também deverão readquirir a liberdade os policiais Carlos José Duarte, César Augusto Lasso Monsalve, Jorge Trujillo Solarte, Jorge Humberto Romero, José Libardo Forero e Wilson Rojas Medina, todos sequestrados entre 1998 e 1999. Reféns precisam ser mantidos por seus captores em campos de prisioneiros. Isso tira a capacidade de mobilidade instantânea permanente inerente ao conceito de guerra de guerrilhas, uma "guerra de movimentos".

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