quarta-feira, 28 de março de 2012

Coleta de lixo clandestina irrita moradores do Moinhos de Vento, em Porto Alegre

Coleta clandestina de lixo em Porto Alegre
Uma moradora do bairro Moinhos de Vento enviou e-mail para o jornalista Vitor Vieira, editor de Videversus, nesta terça-feira, relatando o seguinte: "Hoje, 27 de março, às 16,15hs,.este veículo "adaptado", placas HUN 0631, recolhia lixo de restaurante da Padre Chagas esquina Fernando Gomes, no bairro Moinhos de Vento. A rua ficou trancada, e uma fila de carros se formou, enquanto os "lixeiros" improvisados pegavam os sacos de lixo do restaurante, que eram retirados por uma portinhola na altura da rua. Os homens levantavam sacos e jogavam para cima, para que caíssem dentro da caçamba improvisada do caminhão. Alguns sacos não chegavam ao destino e tinham que ser arremessados novamente. Os sacos já vinham arrebentados, com líquido escorrendo pelo chão. O arremesso de sacos com líquido ocasionava um banho daquele líquido imundo nos transeuntes e nos veículos que aguardavam parados, na via pública, o término daquela operação, pois não tinham outra opção: o caminhão havia trancado a rua e não dava passagem. O veículo era parcialmente fechado por tábuas e cordas, como se vê na foto. Depois o lixo molhado ia pingando pela rua. A foto anexa foi tomada na Rua Padre Chagas, quase esquina Hilário Ribeiro. Se isto acontece no Moinhos de Vento em plena luz do dia, o que acontecerá em outros lugares menos visíveis da cidade?" Respondo: acontece a mesma coisa na cidade inteira. A prefeitura de Porto Alegre tem a pretensão de tornar a cidade uma das sedes da Copa Mundo. Mas, fará isso com todas as ruas fedendo a chorume que lava o asfalto, escorrendo dos caminhões da Revita (do Grupo Solvi, leia-se Vega), parte dos quais alugados da falida Qualix/Sustentare. Por falar nisso, nesta quarta-feira fecham 72 dias de operação da Revita na coleta do lixo domiciliar em Porto Alegre, por meio de um contrato emergencial, com dispensa de licitação. Ficam faltando 102 para o encerramento deste primeiro contrato emergencial. Mas, ele será renovado, já está evidente, e a prefeitura nada faz para promover uma licitação que já devia ter começado há dois anos, quando se verificou que a Qualix/Sustentare não teria condições de levar o contrato até o fim. Ou seja, a prefeitura de Porto Alegre criou a situação para realizar contratos emergenciais, com dispensa de licitação. A Vega (Grupo Solvi) é tradicional patrocinadora de campanhas eleitorais, em Porto Alegre e Canoas, como atestam as prestações de contas eleitorais no TSE.

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