quinta-feira, 22 de março de 2012

Dilma faz reunião com pesos pesados do empresariado

Em clima amistoso, a presidente Dilma Rousseff dispôs-se nesta quinta-feira a ouvir as queixas de 28 grandes empresários brasileiros em reunião no Palácio do Planalto. O encontro, que durou três horas, também contou com a presença dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Fernando Pimentel; do secretário geral da Presidência, Gilberto Carvalho; e do presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Os empresários, evitando o tom de confronto, mantiveram as cobranças de sempre. Pediram medidas para conter a desvalorização do dólar, a redução da carga tributária e melhorias em logística e infraestrutura. O governo respondeu com promessas vagas. A presidente Dilma abriu a reunião e, em tom de brincadeira, pediu aos ministros Mantega e Pimentel que falassem por apenas cinco minutos. A intenção dela era dar mais voz aos empresários. Todos eles puderam expor a situação de seus setores e fazer cobranças ao governo federal. Em sua fala, Dilma falou sobre a situação da economia brasileira e, de forma indireta, cobrou mais investimentos do setor privado. O Planalto deverá realizar mais quatro reuniões com empresários neste ano. Uma série de medidas foi aventada pelo Planalto. Além da ampliação da desoneração da folha de pagamento, bastante discutida com sindicatos patronais e de trabalhadores nas últimas semanas, o governo prometeu reduzir outros tributos, sobretudo daqueles que incidem sobre o investimento; diminuir os custos financeiros das empresas; e baixar os preços de energia elétrica com novos leilões no futuro. Os empresários presentes, embora tenham aplaudido o discurso, destacaram a necessidade de ações mais concretas e que efetivamente possam mudar a rotina dos setores, com destaque para os industriais que sofrem com a concorrência dos importados. Estiveram no Planalto nesta quinta-feira os empresários Eike Batista, presidente do grupo EBX (vários); Murilo Ferreira, presidente da Vale (mineração); João Castro-Neves, presidente da Ambev (bebidas); Frederico Curado, presidente da Embraer (aviação); Roberto Setúbal, presidente do Itaú Unibanco (banco); Lázaro Brandão, presidente do conselho do Bradesco (banco); Luiz Trabuco, diretor-executivo do Bradesco (banco); Joesley Batista, presidente do conselho do grupo JBS (frigorífico); Marcelo Odebrecht, diretor-presidente do Grupo Odebrecht (vários); Luiz Nascimento, do Grupo Camargo Corrêa (vários); Otávio Azevedo, presidente da Grupo Andrade Gutierrez (vários); Paulo Skaf, presidente da Fiesp; Luiza Trajano, presidente do Magazine Luiza (comércio); Antônio Carlos da Silva, diretor-executivo do Grupo Simões (vários); Josué Gomes, presidente da Coteminas (tecidos); André Esteves, BTG Pactual (banco); Pedro Passos, co-presidente do conselho da Natura (cosméticos); Paulo Tigre, presidente da Fiergs; Alberto Borges, presidente da Caramuru Alimentos (alimentos); Amarílio Proença, diretor-presidente da J. Macêdo (alimentos); Carlos Sanchez, presidente do conselho da EMS (medicamentos); Ivo Rossset, proprietário do Grupo Rosset (tecidos); Ricardo Steinbruch, presidente da Vicunha (tecidos); Daniel Feffer, diretor vice-presidente corporativo da Suzano (papel e celulose); José Antonio Martins, membro do conselho de administração da Marcopolo (carrocerias) e presidente da Associação dos Fabricantes de Ônibus (Fabus); Cledorvino Belini, presidente da Fiat (automóveis); Robson Andrade, presidente da CNI; e Jorge Gerdau, presidente da Gerdau (siderurgia).

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