sábado, 10 de março de 2012

Dilma volta a discutir mudanças na poupança

A presidente Dilma Rousseff vai reunir sua equipe econômica para avaliar se vale a pena enfrentar o desgaste eleitoral de mudar já o cálculo da caderneta de poupança ou se é possível esperar mais. Segundo assessores, Dilma quer ouvir do ministro Guido Mantega (Fazenda) e do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, uma avaliação técnica sobre o melhor momento para enviar a polêmica proposta ao Congresso. A proposta técnica do governo já está pronta. Dentre as alternativas feitas pela equipe econômica, a que mais agrada a presidente é a que define a correção da poupança com base num percentual da taxa de juros do Banco Central. Mas o receio de Dilma é comprar uma briga com o Legislativo em um ano eleitoral e descobrir, meses depois, que ela poderia ter sido evitada, tal como ocorreu com Lula. O governo Lula decidiu propor mudanças na poupança quando os juros atingiram 8,75% ao ano, gerando o risco da migração de aplicações em fundos e títulos públicos para a caderneta, que não paga Imposto de Renda e ficou mais atraente. Em 2011, o rendimento da caderneta ficou em torno de 7%, o que significa que esse era o piso informal para os juros. Se a taxa Selic estivesse próxima desse patamar, o governo teria dificuldades para financiar sua dívida pública. Como o dinheiro nas cadernetas é a principal fonte de recursos para empréstimos habitacionais, uma grande migração traria problemas.

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