quarta-feira, 7 de março de 2012

Diretor de Itaipu acredita que Brasil aceitará proposta do governo paraguaio de reajuste de tarifa

Diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Miguel Samek, diz não trabalhar com a hipótese de o governo brasileiro recusar a proposta do Paraguai de reajuste do valor que a Eletrobras e a empresa paraguaia Administração Nacional de Eletricidade (Ande) pagam pela energia fornecida pela usina hidrelétrica binacional. Segundo Samek, o valor da tarifa não é reajustada há três anos, graças, em parte, à valorização do real e do guarani, a moeda paraguaia, em relação ao dólar. Mantido este cenário, o diretor brasileiro afirma que o reajuste de 7,2% pleiteado pelo governo paraguaio não afetará o consumidor final dos dois países e a empresa binacional poderá “caminhar bem por mais uns três anos”. “A variação cambial é um importante componente nesta discussão. Se o dólar ficar na casa de R$ 1,75 ou R$ 1,80, não haverá impacto algum para o consumidor final. Se cair mais que isso, aí sim”, afirmou Samek. No último dia 24, o Paraguai apresentou ao governo brasileiro uma proposta de elevar, de US$ 22,60 para US$ 24,30 quilowatt/mês, o valor pago pela Eletrobras e pela Ande a Itaipu, argumentando que o reajuste não necessariamente acarretaria reflexos sobre os preços cobrados ao consumidor final. O percentual de aumento foi aprovado pelo centro de custo de Itaipu e apresentado ao conselho de administração da empresa, em outubro de 2011.

Nenhum comentário: