quinta-feira, 1 de março de 2012

Estados Unidos não permitirão Irã e Hizbollah na América Latina, diz Hillary Clinton

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, reconheceu nesta quarta-feira sua "preocupação" pelos relatórios sobre avanços militares do Irã e do grupo libanês Hizbollah na América Latina, e garantiu que Washington responderá a qualquer ameaça que apresentem na região. "Tomaremos ações apropriadas para resistir a qualquer ameaça que possa surgir das atividades do Irã e do Hizbollah no hemisfério", afirmou Hillary em uma audiência perante o Comitê de Relações Exteriores da Câmara de Representantes dos Estados Unidos. A secretária de Estado se mostrou preocupada pelos informes que algumas organizações de tráfico de droga na América Latina "estão vinculadas ao Hizbollah e ao Irã", mas ressaltou que os EUA "não encontraram informação que comprove muitas dessas acusações". "Porém, certamente, o recente incidente relacionado com a tentativa de assassinato do embaixador saudita é uma chamada de atenção que cria uma dúvida muito grande", destacou. Hillary Clinton se referia ao suposto complô descoberto em outubro para assassinar o embaixador da Arábia Saudita em Washington, Adel al Jubeir, que os EUA atribuíram ao Irã e que seria executado por um cartel do narcotráfico no México. "Continuamos buscando laços diretos com o Irã e mantemos um contato muito intenso com nossos aliados no hemisfério, tanto para educá-los sobre os perigos que representam o Irã e o Hezbollah como para trabalhar com eles para melhorar nossa cooperação de inteligência", declarou. A secretária de Estado lembrou que o governo de Barack Obama estendeu no ano passado as ações impostas em 2008 à Companhia Anônima Venezuelana de Indústrias Militares (CAVIM) "por violar uma proibição sobre o uso de toda tecnologia que pudesse ajudar o Irã no desenvolvimento de armas (nucleares)". "Portanto, se encontramos informação que possamos verificar, estamos comprometidos a atuar", acrescentou Hillary. "Mas o que estamos vendo, por outro lado, é que nossos aliados na América Latina estão entendendo de verdade os desafios, e isso nos encoraja", continuou.

Nenhum comentário: