terça-feira, 6 de março de 2012

Governo argentino enfrenta primeira greve nacional no segundo mandato

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, enfrentou nesta terça-feira a primeira greve nacional do segundo mandato de seu governo. O país começou o dia sem aulas nas escolas públicas, afetando quase 25 milhões de estudantes. Na província de Buenos Aires, o sindicato dos professores determinou uma greve de dois dias. Algumas universidades públicas também estão sem aulas. A greve geral foi convocada após decisão do ministro da Educação, Alberto Sileoni, de fixar o salário mínimo do professor em 2.860 pesos (R$ 1.146,50), menos que os 3.100 pesos (R$ 1.242,76) reivindicados pela categoria. Críticas públicas tecidas pela presidente contra os professores também instigaram a greve, que registra alta adesão. Durante o longo discurso no Congresso, na última quinta-feira, que durou mais de três horas, Cristina se referiu aos professores como pessoas que "trabalham quatro horas por dia e têm três meses de férias". O ano letivo na rede pública só começou na última terça-feira (28 de fevereiro). Em apenas uma semana, houve greves dos professores em sete províncias: Buenos Aires, Córdoba, Santa Fé, Mendoza, Entre Ríos, Chaco e Misiones. Neste ano o governo nacional tenta instaurar no país um ano letivo de 190 dias, 10 a mais que em anos anteriores.

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