quinta-feira, 1 de março de 2012

Governo cria pacto na construção para garantir grandes obras

Na tentativa de evitar novos conflitos entre construtoras e trabalhadores, o governo patrocinou nesta quinta-feira um acordo entre os dois setores para melhorar as condições de trabalho de grandes obras nacionais. O principal receio do governo é que episódios como o ocorrido na usina de Jirau (RO), no rio Madeira, se repitam em outros empreendimentos e coloquem em risco o andamento de obras do setor elétrico, de infraestrutura e da Copa de 2014. Em março do ano passado, trabalhadores em Jirau se revoltaram com as condições de trabalho e destruíram alojamentos e ônibus. Chamado de "Compromisso nacional da indústria da construção", o documento foi assinado por seis centrais sindicais e nove construtoras de grande porte, como OAS, Camargo Correa e Odebrecht. A partir do compromisso, fica determinada a presença de comissões de saúde e segurança nos canteiros de obra, a garantia de representação sindical no local de trabalho e a contratação por meio do Sine (Sistema Nacional de Emprego), como forma de evitar o chamado "gato", atravessador ou intermediário entre o trabalhador e a empresa. "Os "gatos" agora só vão miar e não vão fazer mais nada contra os trabalhadores brasileiros", brincou Ubiraci Dantas de Oliveira, presidente da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil). O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), que assumiu a tarefa no governo, afirmou que o compromisso "incorpora novos procedimentos para humanizar as relações da indústria com ganhos para todos".

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