segunda-feira, 5 de março de 2012

Prefeitura de Porto Alegre recebe estudos para implantação de usina de queima de lixo

Dez empresas apresentaram estudos sobre a viabilidade de instalação de uma usina de queima de lixo e geração de energia em Porto Alegre. Em resposta ao chamamento público lançado pela prefeitura, os representantes entregaram a documentação na manhã desta segunda-feira, em ato na sede do DMLU. Os estudos foram desenvolvidos por nove empresas brasileiras, que representam tecnologias nacionais e de países como França, Alemanha e Espanha, e por uma empresa portuguesa, a Águas de Portugal. As empresas nacionais são Vaporo Tech, Proactiva, Instituto Lotus, Revita, Delta, Foz do Brasil /Grupo Odebrecht, Escavações Viamão, Foxx Participações e Kütner do Brasil. Para o secretário do Gabinete de Assuntos Especiais, Edemar Tutikian, a resposta positiva da iniciativa privada gera vasto material para a construção de uma proposta inovadora e adequada à realidade da capital gaúcha. “A quantidade e o porte das empresas superaram as expectativas e mostram o acerto do projeto determinado pelo prefeito para dar um salto de qualidade no tratamento do lixo em Porto Alegre”, avalia Tutikian. A proposta de instalação da central, por meio de uma parceria público-privada (PPP), pretende criar um sistema de tratamento do lixo e eliminar o longo caminho percorrido pelas 1,5 mil toneladas lixo orgânico e resíduos públicos coletadas diariamente ao aterro sanitário em Minas do Leão, distante 113 quilômetros da capital. Hoje, esse volume passa pela Estação de Transbordo na Lomba do Pinheiro e é levado por grandes caminhões a Minas do Leão, em um percurso diário de 17,6 mil quilômetros feito pelos veículos. Além de dar tratamento adequado ao lixo dentro da cidade, com a instalação da usina ainda será possível a geração de energias alternativas e limpas como biogás, eletricidade, vapor e combustível derivado de resíduos. A equipe da prefeitura avaliará os estudos entregues em até 90 dias, para verificar a viabilidade técnica e econômica do projeto. “A manifestação de interesse é uma forma objetiva e transparente da prefeitura dialogar com a iniciativa privada e identificar a viabilidade do projeto e a melhor tecnologia a ser aplicada”, afirmou Tutikian. De acordo com o secretário, as empresas terão a oportunidade de reunir-se com a comissão para defender as propostas. Os estudos serão avaliados por uma comissão integrada ainda por representantes do Gabinete de Articulação Institucional (GAI), Gabinete de Planejamento Estratégico, DMLU e Secretaria Municipal da Fazenda. Os detalhes técnicos do projeto, como investimento, localização e tecnologia a ser empregada, serão definidos a partir dos estudos apresentados.

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