quarta-feira, 28 de março de 2012

Revelação sobre prisões da CIA gera crise política na Polônia

Uma crise política tomou conta da Polônia depois das revelações da imprensa sobre a acusação contra o ex-chefe dos serviços de inteligência poloneses, Zbigniew Siemiatkowski, na investigação sobre a suposta existência de prisões secretas da CIA nesse país. Segundo o jornal "Gazeta Wyborcza", Siemiatkowski foi acusado de privar os prisioneiros de guerra de liberdade e permitir que recebessem castigos corporais. Siemiatkowski confirmou seu indiciamento ao jornal mas não quis dar detalhes, alegando segurança de Estado. O ex-primeiro-ministro Leszek Miller, atualmente chefe do SLD (Partido Social Democrata), de oposição, também poderá ser obrigado a comparecer ante o Tribunal de Estado por ter permitido a instalação de uma base secreta americana em 2002-2003 em Kiejkuty, no nordeste do país. As autoridades polonesas desmentiram energicamente até agora as afirmações do Conselho da Europa e as revelações da imprensa segundo as quais os dirigentes da Al-Qaeda foram prisioneiros da CIA em território polonês. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos rejeitou, em outubro de 2009, um pedido polonês de ajuda jurídica, enviada em março desse mesmo ano, considerando que o caso estava fechada. As investigações começaram em 2008 no Ministério Público de Varsóvia e em fevereiro foram transferida para Cracóvia. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos rejeitou em outubro de 2009 um pedido da Polônia para o apoio judiciário considerando que o caso estava encerrado.

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