quarta-feira, 21 de março de 2012

Uruguaios denunciam 250 casos de mortes suspeitas em hospitais

O Movimento Saúde para Todos, uma associação de usuários de centros médicos uruguaios, informou nesta quarta-feira que investiga 250 denúncias recebidas de casos suspeitos de morte de pacientes em hospitais de Montevidéu e outras regiões do país para apresentar uma denúncia formal na justiça. "O volume de informação que temos neste momento é impressionante", afirmou em entrevista à Agência Efe o presidente da organização, Ruben Bouvier, três dias depois que dois enfermeiros foram processados pelo assassinato de pelo menos 16 pacientes em dois hospitais da capital uruguaia. Bouvier afirma que entre a segunda e a terça-feira a caixa do correio de voz de seu telefone celular ficou lotada e que ele possui dezenas de mensagens de texto de potenciais litigantes. A organização enviou uma mensagem ao juiz Rolando Vomero, responsável pelo caso de Ariel Acevedo, de 46 anos, e Marcelo Pereira, de 39 anos, para que cite estas novas informações na causa, algo que o magistrado antecipou que fará nos próximos dias. O Uruguai ficou chocado no domingo após a divulgação da notícia que dois enfermeiros foram acusados de assassinar pelo menos 16 pacientes internados em unidades de terapia intensiva de dois hospitais. O enfermeiro J. A. A, de 46 anos, admitiu perante o juiz ter matado 11 pacientes na Associação Espanhola, enquanto o outro teria confessado cinco assassinatos no Hospital MAciel alegando "piedade" pela gravidade das doenças das vítimas. As especulações sobre os móveis dos crimes se multiplicaram nos meios de comunicação do país e chegou a ser cogitada uma espécie de competição macabra entre ambos. O certo é que, segundo a justiça, nem todos os pacientes eram terminais.

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